Adolescente paquistanesa foi baleada pelo Taleban por defender a educação para meninas
NAÇÕES UNIDAS – Malala Yousafzai, a adolescente paquistanesa que foi alvejada pelo Taleban por promover a educação para meninas, pediu aos líderes mundiais que proporcionem educação compulsória e gratuita para todas as crianças. A declaração foi feita durante discurso na Organização das Nações Unidas (ONU) nesta sexta-feira, 12, no dia em que ela completa 16 anos.
Ao discursar para líderes jovens de mais de 100 países, ela pediu “uma luta global contra o analfabetismo, a pobreza e o terrorismo”. “Vamos pegar nossos livros e canetas”, disse ela. “Eles são nossas armas mais poderosas. Uma criança, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo. Educação é a solução”.
A ONU declarou a data de seu aniversário, 12 de julho, como “Dia de Malala”.
A paquistanesa foi alvejada na cabeça, numa tentativa de assassinado, quando voltava da escola no Vale do Swat, em outubro de 2012. Malala foi enviada de avião para ser tratada na Grã-Bretanha e voltou a frequentar a escola neste ano, na cidade inglesa de Birmingham.
Segundo a organização Plan International, cerca de 57 milhões de crianças em idade escolar estão fora da escola, das quais 30 milhões são meninas. Cerca de um terço da meninas em todo o mundo não podem ter acesso à educação por causa da violência, discriminação, pobreza e práticas como o casamento na infância, informa a organização, com sede na Grã-Bretanha.
Mais de 120 milhões de jovens entre 15 e 24 anos não têm habilidades básicas de leitura e escrita, segundo a ONU./ AP e DOW JONES