Todos os anos, aproximadamente 1, 3 bilhão de toneladas de alimentos são perdidos ou desperdiçados em todo o mundo, equivalente a 30% do que é produzido. Do cultivo no campo até chegar ao prato, a pesquisa considera todos os estágios, incluindo transporte ao abastecimento dos supermercados.

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A alta no preço dos produtos e o aumento da demanda entre os países emergentes foram os motivos que reacenderam o debate sobre a questão da segurança alimentar.

O desperdício chega a um terço da produção de alimentos em todo o mundo.
Apesar disso, a pesquisa indica que o maior de desperdício acontece justamente durante o consumo, sobretudo nos países desenvolvidos, que respondem por 56% do desperdício.

No Brasil, a questão do desperdício está ligada ao manuseio e no transporte dos alimentos, equivalendo a 50% das razões que levam à perda. Enquanto 10% do desperdício se deve ao consumo.

Entre outras razões para o alto volume de desperdício, o estudo também levantou que entre os motivos, destaca-se o hábito de rejeição a legumes e verduras considerados “feios”, fora dos padrões considerados comuns.

Pensando na redução do desperdício de alimentos, seguem algumas iniciativas que ajudam na hora da economia.

  1. – Realize uma parada obrigatória na despensa e na geladeira antes de ir ao mercado fazer compras. Verifique quais produtos você realmente precisa comprar e evite fazer estoques;
  2. – Na hora de cozinhar, dê preferência aos produtos que estão próximos do vencimento da validade. Anote quais são eles em uma lista e cole na geladeira para não esquecer;
  3. – Em vez de fazer uma compra por mês, experimente ir ao mercado mais vezes e comprar menos produtos;
  4. – As promoções costumam ser irresistíveis, no entanto, são as grandes vilãs do consumo consciente porque nos estimulam a comprar um número alto de produtos, que acabam se estragando. Fique atento;
  5. – Antes de guardar frutas, verduras e legumes na geladeira, higienize-os e e seque-os. Depois de consumir, guarde esses alimentos em embalagens hermeticamente fechadas para evitar a proliferação de bactérias;
  6. – Planeje suas compras. Faça uma lista com os produtos que realmente estão em falta;
  7. – Literalmente, aproveite seus alimentos até o talo. É possível reaproveitar partes não convencionais, como as sobras e cascas das frutas, por exemplo (veja mais aqui);
  8. – Se uma fruta ou legume apresentar uma aparência feia em algumas partes, corte-as e use o que sobrou, sem a necessidade de jogar tudo fora.

Por ano, 26,3 milhões de toneladas de alimentos são descartadas no Brasil – o suficiente para alimentar 19 milhões de pessoas diariamente. O desperdício acontece em cada etapa do processo: colheita, transporte e armazenamento, indústria de processamento, varejo e consumo.

Aproveitando as “sobras”

Para diminuir os impactos do desperdício, diversas instituições distribuem alimentos que seriam descartados. É o caso da ONG Banco de Alimentos. Desde 1999, a organização recolhe as sobras da produção e da comercialização e as repassa para entidades que beneficiam pessoas em vulnerabilidade social.

“Nós recolhemos alimentos próprios para consumo, mas que perderam valor de venda. Por exemplo, um legume amassado, ou próximo de estragar”, conta Camila Kneip, coordenadora de nutrição do Banco de Alimentos. “Nossa equipe de nutrição avalia a qualidade dos produtos antes da entrega.”

Uma das entidades beneficiadas é a Casa de David, que trabalha com pessoas portadoras de deficiência física e mental. Segundo a nutricionista da instituição, Iracema Ferreira, cerca de 20% dos alimentos consumidos na casa vêm do Banco de Alimentos. “A qualidade é ótima. As verduras vêm sempre fresquinhas”, conta.

O Sesc tem uma iniciativa semelhante, o Mesa Brasil, que assiste 5570 entidades, com abrangência nacional. Além de contar com a ajuda de empresas parceiras para realizar a distribuição, a instituição recebe trabalho voluntário de pessoas das 407 cidades nas quais o programa funciona.

Para colaborar, acesse o site do Banco de Alimentos e o do Mesa Brasil.

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