Texto retirado de “A Fantástica História do Chocolate” da nutricionista Claudia Ruiz Santana, para o Projeto Na Flor da Idade, da Lareira Instituição.
Vimos nos últimos anos um “boom” de artigos científicos apresentando resultados do efeito do chocolate sobre diversas funções. A maior parte deles conclui que o chocolate produz efeitos benéficos sobre a saúde em geral.
Estas conclusões merecem, porém, uma análise mais cuidadosa, já que, a partir delas tem sido popularizado que chocolate faz bem, o que pode levar à ingestão de forma indiscriminada.
O principal efeito registrado nos estudos é sobre o sistema cardiovascular. A ingestão de chocolate reduziu pressão arterial, melhorou função endotelial (conjunto de efeitos que melhoram o fluxo sangüíneo das artérias), reduziu colesterol total e o LDL (“colesterol ruim”) e reduziu aterosclerose. Todos estes desfechos contribuem para uma redução do risco de doença cardíaca e de acidente vascular cerebral (derrame, AVC). O principal mecanismo de ação envolvido na redução da pressão arterial é o aumento, produzido pelos flavonóides contidos no cacau do chocolate e de um composto chamado óxido nítrico, que atua promovendo o relaxamento dos vasos sangüíneos, o que contribui para a redução da pressão.
Além do efeito sobre a pressão arterial, o chocolate aumentou, significativamente, a sensibilidade à insulina, o que reduz o risco de diabete tipo II. A sensibilidade à insulina também é controlada pelo óxido nítrico.
Resultados sugerem, também, que o chocolate reduz a inflamação, e tem efeito anti-troboembólico similar ao efeito da aspirina (reduz a agregação de plaquetas, impedindo a obstrução dos vasos).
Temos, então, um conjunto de evidências bastante consistentes de que componentes contidos no chocolate fazem bem à saúde. Mas, insistimos: O Chocolate AMARGO, acima de 50% cacau.