Líderes com inglês fluente recebem salário 25% maior, mas apenas 47% dos profissionais dominam o idioma.
Que falar inglês faz a diferença no currículo de um profissional, já se sabe. A novidade é que a língua estrangeira proporciona aumento no rendimento mensal dos profissionais em até 25% em relação aos que não possuem fluência, de acordo com pesquisa do Grupo Catho com 166 mil profissionais que ocupavam cargos idênticos.
“Dominar inglês é essencial para quem aspira a um cargo mais alto dentro da empresa, especialmente o de liderança. Hoje, este requisito não é mais um diferencial, é fundamental em organizações de todos os portes”, afirma Margarete Lupi, gerente de Recursos Humanos de uma escola de idiomas. “Quem não está dentro deste perfil, dificilmente será escolhido para a ascensão profissional”, alerta.
De acordo com o mesmo estudo, muitas pessoas estão fora do perfil solicitado pelas companhias, pois apenas 47% dos profissionais brasileiros falam inglês. Especialistas afirmam que em poucos anos, a falta de conhecimento no segundo idioma será vista como é o analfabetismo, isto é, tendo pouca ou nenhuma competitividade no mercado de trabalho. “O mesmo vale para quem está em busca de uma oportunidade de emprego, pois, em muitos casos, os profissionais que não possuem o inglês, perdem a oportunidade de participar de diversos processos seletivos”, diz Margarete.
Mas por que então muitos profissionais ainda não falam inglês? De acordo com a pesquisa de comportamento e mercado da Alumni, os principais motivos alegados são disponibilidade limitada de horários e de tempo para dedicar ao aprendizado. Em seguida estão o investimento necessário e os resultados que desejam obter em curto prazo com foco em situações vividas no dia a dia do trabalho.
“Além dessas questões, algumas pessoas têm como obstáculos a falta de automotivação para iniciar um curso e a dedicação necessária para concluí-lo. Algumas vezes há um bloqueio pessoal durante o aprendizado, de modo com que pensem que não precisam ou então não conseguem aprender, que os fazem desistir do seu objetivo”, observa Margarete Lupi.
Segundo ela, em todos os casos, a motivação, seja ela pessoal, profissional ou financeira, é o primeiro passo para adquirir fluência no idioma. No entanto, tão importante quanto ter um objetivo claro, é a escolha da instituição mais adequada de acordo com seus objetivos. “Não adianta escolher apenas pelo valor mensal, é preciso colocar na balança também o tempo necessário para atingir a fluência desejada, assim com a qualidade do corpo docente e o histórico da instituição. Caso contrário, o investimento pode ser sinônimo de desperdício de tempo e dinheiro”.