Como ajustar a vida familiar quando se descobre que um membro da família adquiriu diabetes? O que fazer, como se adaptar a essa mudança e como apoiar a pessoa nessa nova fase?

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Sempre que descobrimos que estamos com algum problema de saúde, não é fácil. Ainda mais tratando-se de uma deficiência interna que momentaneamente não existe cura.

A diabetes está incluída nessa lista. Quando se descobre que está com diabetes é sempre um choque, muitas mudanças terão que ser feitas e toda a família tem que acompanhar para proporcionar o máximo de bem-estar para o membro em questão.

A primeira mudança mais dolorosa são as proibições alimentares as quais a pessoa estava acostumada e, para quem ama um doce como eu, sofre um pouco.

Depois vem a parte da aplicação da insulina, os remédios controlados, os exames periódicos e as idas e vindas aos médicos.

Em seguida vem as reações e alterações quase que a jato da glicemia, ter que entender o que seu corpo está dizendo quando está com hiperglicemia (glicose alta) ou hipoglicemia (glicose baixa). Então, conviver com os limites normais glicêmicos passa a ser tarefa dificílima porque tudo o que você come vira açúcar, seu pâncreas já não funciona (diabetes tipo I) ou quando funciona (diabetes tipo II) é de efeito mínimo, e você se depara com limitações e dificuldades que antes não existiam.

Então, como uma portadora legítima do diabetes tipo I há mais de 20 anos, darei algumas dicas de quais os melhores modos de um familiar se adaptar a essa nova realidade.

• Diabetes não pega. Diabetes não se transmite pela pele ou outro mecanismo externo. O diabetes é uma doença autoimune, na qual as próprias células do corpo destroem outras células saudáveis, que coisa não?! Então fique tranquilo, você não vai pegar diabetes de seu irmão, pai, sobrinho ou filho, a não ser que já tenha uma predisposição a herdá-la.

Não se assuste. Não se assuste se alguns hábitos dessa pessoa mudarem ou se algumas modificações ocorrerem: se emagrecer rapidamente ou engordar, se acordar muitas vezes à noite para urinar ou beber água, se a pessoa desmaiar ou ficar um pouco desorientada, suar frio, tiver fraqueza. Esses são alguns sintomas que podem ser da hiperglicemia ou hipoglicemia.

Cuidados. Um paciente com diabetes, independente da idade e maturidade que possua, sempre vai precisar de cuidados e atenção. Esteja atento aos sinais da glicemia porque muitas vezes a pessoa vai precisar de sua ajuda, talvez em momentos críticos (se a glicemia estiver muito baixa), poderá precisar de auxílio para beber, comer, mas isso é apenas momentaneamente.

Faça o controle. Você mesmo pode tirar a glicemia capilar (é o teste feito com uma gota de sangue colhida do dedo) e ajudar ao diabético no controle.

Não seja tão rigoroso. Não adianta você só dizer não para o diabético e não deixá-lo comer um pouco do que gosta. Seja equilibrado e permita que ele coma, mas lembre-se de que ele necessitará de uma dose maior de insulina para compensar o desgaste do organismo.

Apoie. Dê seu apoio emocional ao diabético, diga que apesar de não existir cura, ele pode ter uma vida tranquila e saudável.

Na hora das compras. Evite comprar muitas guloseimas, pois a maioria dos diabéticos são como formigas, prefira produtos diets, frutas e verduras.

Conheça mais. Pesquise mais sobre o diabetes, verifique em livros, internet sobre novas técnicas e medicamentos para ver como ajudar melhor seu familiar, como compreender melhor a doença e auxiliá-lo nas horas de necessidades.

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