01/10/2013 – 7h48
Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Há 13 anos, o médico de família, João Schneider, 62 anos, nem sonhava um dia competir em provas de triatlo e ser exemplo de vigor e perseverança entre a faixa etária que mais cresce no Brasil. Na época, então com 150 quilos e dor no joelho, tomando 13 comprimidos para hipertensão e diabetes, o médico curitibano teve dificuldade de andar e se adaptar à rotina de exercícios.
“Quando via na televisão as provas de triatlo pensava que era coisa de maluco”, contou o médico que já participou de três competições e ganhou o quarto lugar em uma das provas. “Quando cheguei aos 149,8 quilos, vi que tinha que mudar, pois senão em pouco tempo teria que subir em balança de animal”, brincou. “Foi quando despertei e decidi que ia emagrecer. Comecei com natação e dieta”, contou o médico, que não toma mais nenhum remédio.
Atualmente com 90 quilos, ele faz exercícios quase todos os dias, pratica ioga e vai trabalhar de bicicleta. Scheneider disse se considerar mais saudável e mais jovem hoje do que aos 49 anos. Como médico, ele considera que o Dia do Idoso lembrado hoje (1º) devia ser comemorado com atividade física. “Pois é o que mais preserva e pode melhorar a saúde, além de ser prazeroso”, comentou ele. “O envelhecimento é um processo progressivo e permanente, mas é importante se manter ativo”, completou.
De acordo com o diretor da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Salo Buksman, os avanços da medicina na prevenção de doenças e o aumento da promoção de saúde, possibilitaram a maior longevidade dessa população, que hoje faz questão de adquirir qualidade de vida. Para Buksman, essa nova conscientização da importância de levar uma vida saudável está mudando o perfil do idoso no Brasil.
“Era impensável antigamente vermos um idoso em uma academia de musculação, de ginástica. E hoje em dia temos academias com setores inteiros dedicados à população idosa. Vemos idosos fazendo Pilates, esportes que antes eram considerados inadequados para esses indivíduos”, disse o médico ao lembrar que a alimentação saudável também tem sido cada vez mais praticada entre esse público.
Edição: Talita Cavalcante//Título alterado às 9h25 para corrigir informação. O médico não é do Rio de Janeiro e sim de Curitiba.
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