LÍGIA FORMENTI – Agência Estado – 16.04.13

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta terça-feira, 16, por unanimidade, a redução da quantidade de iodo que deve ser adicionada ao sal. A medida, discutida desde 2011, foi adotada em razão da mudança de hábito alimentar do brasileiro que, ao longo dos últimos anos, passou a consumir maior quantidade do tempero e, por tabela, também de iodo.

Pesquisa feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que o brasileiro é um dos maiores consumidores mundiais de iodo. “Em excesso, ele pode provocar problemas para a saúde”, afirmou o diretor da Anvisa, José Agenor Álvares da Silva. Entre os problemas relacionados ao excesso de iodo estão a tireoidite de Hashimoto, doença autoimune que leva o organismo a atacar a tireoide. O paciente com o problema apresenta cansaço, sonolência e aumento de peso.

A proposta aprovada reduz a faixa de adição para 15 a 45 miligramas de iodo para cada quilo de sal. A relação até agora aplicada é de 20 miligramas a 60 miligramas por quilo. Com isso, o País passa a se ajustar aos parâmetros da OMS.

Pela estimativa do governo, o brasileiro consome, em média, 8,2 gramas de sal diariamente. A OMS recomenda que, para esse padrão de consumo, a faixa de iodação fique entre 20 a 40 miligramas para cada quilo de sal. A resolução passa a valer 90 dias depois da sua publicação no Diário Oficial da União. 

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